O polêmico gol de Paulinho, que deu a vitória ao Atlético-MG sobre o São Paulo, deixou o técnico Zubeldía e demais são-paulinos revoltados por um suposto toque de mão. O UOL perguntou a seis ex-árbitros se o lance foi regular e se a bola bateu no braço ou na barriga do atacante do Galo.
Quatro ex-árbitros afirmaram que o gol deveria ter sido anulado. Eles analisaram que um gol não pode ser validado se a bola bate na mão ou no braço do autor, independentemente do toque ter sido ou não acidental. Além disso, foi citada a obrigação do VAR de chamar para a revisão.
“O gol deveria ter sido anulado, a bola toca no braço do Paulinho.”
— Carlos Eugenio Simon
“O gol deveria ter sido anulado… A bola toca na mão de Paulinho, que faz o gol. A regra estabelece que quando a bola toca na mão do jogador que faz o gol, o gol deve ser anulado, independentemente do toque ter sido acidental.”
— Renato Marsiglia
“Gol é totalmente irregular porque nenhum gol pode sair em jogada que a bola bate no braço de um jogador do time que faça o gol. Erro mais grosseiro é o do VAR, pelo posicionamento do arbitro no lance, a impressão que me dá é que o próprio corpo do jogador cobre a visão. E aí é o protocolo do VAR, no erro grosseiro o VAR tem que intervir. Não consigo entender que o VAR manteve a decisão do árbitro de campo. Paulinho faz o gol, nem comemora de forma entusiasta, olha para o árbitro, ele sabe que bateu no braço e ele mesmo esperava a anulação do gol.”
— Alfredo Loebeling
“A imagem é clara que a bola bate na mão primeiro e depois pega no corpo [d Paulinho] e entra no gol. O gol teria que ser anulado, mas esse é o grande problema do VAR no Brasil, de o VAR julgar a situação e não deixar o árbitro no campo, que tem a responsabilidade de decidir, analisar a imagem novamente. Então o VAR errou em não recomendar a revisão e deveria recomendar a revisão sem dar opinião.”
— Guilherme Ceretta
Já outros dois ponderaram que o lance foi legal. Eles opinaram que a bola pegou na barriga de Paulinho após desvio de Alan Franco. Um deles ainda disse que a reação do goleiro Rafael, que só teria reclamado após o zagueiro acusar irregularidade, também seria um indicativo de que não houve toque de mão.
“Pelo o que vi pelas das imagens o gol foi legal. A bola bate na cabeça do defensor do São Paulo e, em seguida, toca na barriga do atleta do Atlético e vai para o gol.”
— Ulisses Tavares
“Para mim, não bateu na mão do jogador do Atlético coisa nenhuma. O jogador do São Paulo levanta a mão dizendo que foi na mão, mas o goleiro, presta atenção no goleiro, ele só levanta a mão quando ele vê o zagueiro fazendo. Ele não levanta a mão de cara. Pela reação do goleiro, prova que não bateu na mão, não, que o gol foi legítimo. Também achei que não pegou na mão, bate na barriga.”
— João Paulo Araújo
UOL Esportes