A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, voltou a causar polêmica ao abordar a discussão entre gramados sintéticos e naturais no futebol brasileiro. Após a reunião do Conselho Técnico do Campeonato Brasileiro 2025, realizada na sede da CBF nesta quarta-feira (12), a dirigente afirmou que a Confederação concluiu um estudo indicando que os gramados sintéticos não prejudicam os atletas, motivo pelo qual não se votou pela proibição desses campos.
Leila Pereira também ironizou o movimento recente de jogadores, como LucasMoura, Neymar, Gabigol, Philippe Coutinho, Thiago Silva e Bruno Henrique, que se manifestaram contra os gramados artificiais. Ela sugeriu que esses atletas, por serem mais velhos, já deveriam ter encerrado suas carreiras em vez de reclamar sobre o tipo de gramado.
A presidente do Palmeiras enfatizou que a discussão deveria focar na qualidade dos gramados no Brasil, independentemente de serem sintéticos ou naturais, destacando que é preferível um gramado sintético de alta qualidade a um natural em más condições.
“Não é possível você comparar gramados europeus com a situação brasileira. É muito melhor você ter um gramado sintético de primeira linha do que jogar em gramados naturais esburacados. É uma coisa óbvia. A gente tem que discutir, sim, a qualidade dos gramados no Brasil, e não se sintético é melhor que natural”, acrescentou.
“Normalmente, os atletas que reclamam são atletas mais velhos, que eu até compreendo, pois querem prolongar a vida profissional deles e acham que isso [gramados sintéticos] pode encurtar a vida útil deles como atletas. Mas, normalmente, são os atletas que já deveriam ter parado de jogar futebol em vez de ficar reclamando do gramado (sintético)”, argumentou.
“No Brasil, a realidade é outra. Eu me refiro aos jogadores que fizeram aquele manifesto, sem comprovação científica absolutamente nenhuma, de que gramado sintético é prejudicial à vida do atleta. Se os gramados europeus são tão bons, ótimo… Fiquem por lá e não venham para cá”, completou.
Essas declarações geraram reações no meio futebolístico, ampliando o debate sobre as condições dos campos no país e a influência das superfícies de jogo no desempenho e na saúde dos jogadores.