Ex-árbitros foram consultados e falaram até em cartão vermelho para o camisa 10 do São Paulo

O UOL consultou três ex-árbitros a respeito do cartão amarelo recebido por Luciano, jogador do São Paulo, devido à sua comemoração após marcar um gol em frente à torcida do Corinthians.
O jogador chegou a explicar o tumulto e ironizou o árbitro: “Futebol está ficando chato. Estou aqui dando os parabéns para o Wilton Pereira Sampaio. Desde o começo do jogo falou que ia me dar cartão, conseguiu. Aqui no estádio só tem torcida do Corinthians, se eu não puder comemorar um gol… Futebol está perdendo a alegria por causa disso, a gente não pode comemorar um gol, que o juiz vem e dá cartão.”
Confira o que disseram os ex-árbitros:
ARNALDO CEZAR COELHO
— O cartão foi justíssimo. O jogador pode comemorar, mas ele exagerou na comemoração. Não podemos esquecer que a bandeira tem o símbolo do Corinthians, e isso pode criar um grande problema de segurança no estádio, uma invasão, por uma atitude impensada. Ele tinha que pensar antes, ainda mais sabendo que, tomando um cartão, não jogaria o próximo jogo. Ele foi completamente inábil e foi exagerada a sua comemoração.
ALFREDO LOEBILING
— É importante a gente entender o texto da regra e o espírito da regra. A regra é feita para você não causar briga entre torcedores, jogadores, uma invasão de campo. É a mesma agressão que um jogador fazer um gol no São Paulo no Morumbi e pisar em cima do distintivo. O cartão não é amarelo, é vermelho. Não cabe a comparação de uma simples provocação ao time adversário.
— Faz um gol, tira um sarrinho… Essa tiração de sarro, sim, pode ser passiva de cartão amarelo só. Mas o caso de ontem foi muito mais grave, até porque tem texto de regra falando sobre o limite na comemoração. Não cabe uma comparação com o que faz o Raphael Veiga, porque ele faz no Allianz. O símbolo que está ali é do time dele. O Luciano foi muito mal e merecia ter sido expulso. A arbitragem errou.
GUILHERME CERETTA
— Foi justo porque nos dias de hoje isso pode gerar uma confusão muito grande. Como ele disse, como é torcida única, ele não tem onde comemorar, mas não justifica dar uma voadora na bandeira do time (…) Acho que a bandeirinha tem que ser neutra. Tinha que ser de uma cor fixa para ajudar a não ter esse tipo de problema (…). O futebol está chato, tudo é mimimi, tudo é motivo de problema, mas, nesse caso, foi justo [o amarelo] (…) Não dar o amarelo poderia cair sobre o Wilton a responsabilidade de uma situação que poderia ocorrer, então o Wilton tirou o dele da reta aplicando a regra, achando que era uma atitude provocativa.