Ídolo do São Paulo, Hernanes tem espaço cada vez mais reduzido dentro da equipe. O meio-campista praticamente não sai do banco de reservas e, por vezes, nem é relacionado para as partidas do Tricolor. Embora a diretoria evite falar sobre o assunto, parece cada vez mais claro que o futuro de Hernanes não deve ser muito longo no elenco.
No podcast UOL São Paulo #20, o apresentador Pedro Lopes e o setorista Brunno Carvalho analisaram a situação do meio-campista, que não tem sido utilizado mesmo quando a equipe sofre muitos desfalques ou o técnico Hernán Crespo escala um time misto.
“É muito complicado você ver um nome como o Hernanes, e o salário que ele recebe, não entrar em campo no Brasileirão. Não foi por falta de oportunidades. Contra o Bahia, entraram diversos meninos e ele não foi nem relacionado para a partida. O São Paulo não gosta muito de falar do Hernanes e o trata como grande jogador, faz parte do elenco e tudo mais. Mas acho que, se ainda não está evidente, para mim já está claro que ele não faz muito parte [dos planos]”, opinou Carvalho.
Para o setorista, o panorama não deve mudar, mesmo que o time do São Paulo volte a enfrentar uma onda de desfalques. “Talvez se acontecer mais uma série de lesões, ele comece a ser utilizado. O São Paulo perdeu muita gente no meio-campo e o Hernanes não foi cogitado em nenhum momento. Realmente, a situação dele é muito complicada”, afirmou.
Pela trajetória construída ao longo dos anos, Hernanes tem um tratamento um pouco diferente do recebido por outros jogadores que também não tinham tantas chances na equipe. “O Bruno Rodrigues estava sem espaço. Em entrevista, o [Carlos] Belmonte [diretor de futebol de São Paulo] disse que ele não havia se encaixado no esquema tático do Crespo e que por isso não estava sendo utilizado. Tanto que ele rescindiu o contrato na semana passada.
“Com o Hernanes, não há declarações. Acho que é o jeito certo. É o ídolo do time. Não tem porque tratá-lo como ‘não funciona mais’. Tenta ver o melhor caminho para todo mundo. Se for uma rescisão antes do fim ou esperar acabar o contrato. Dá para caminhar por aí. Não precisa ter pressa ou colocar as coisas à frente desnecessariamente. Acaba machucando a imagem de um ídolo”, finalizou.
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