André Anderson, jogador que atuou no São Paulo entre 2022 e 2023, quando estava emprestado pela Lazio, entrou com uma ação na Justiça do Trabalho contra o clube. Ele está cobrando um total de R$ 8.368.764,67, conforme divulgado pelo jornal O Globo.
A defesa do jogador alega divergências quanto ao tratamento dado pelo São Paulo durante sua passagem pelo clube. Segundo os advogados de André Anderson, o Tricolor optou por um tratamento conservador para uma lesão no púbis, irritando o jogador de 24 anos, que solicitou consultar outros médicos, mas teve seu pedido negado.
De acordo com a petição do processo, André Anderson começou a sentir dores no púbis em julho de 2022 e passou por uma ressonância magnética que diagnosticou diversas lesões. O departamento médico do clube optou por um tratamento conservador, o qual o jogador não concordou, solicitando a opinião de outros especialistas, o que foi recusado pelo clube.
O departamento médico tricolor entrou em ação. Leia abaixo:
Com todas estas lesões, foi dito pelo departamento médico do clube que o atleta passaria a fazer um tratamento conservador no qual, segundo relatório médico, seria infiltrado no reclamante, plasma rico em plaquetas por algumas semanas e, conforme a evolução ele seria reavaliado.
Foi explicado ao autor que retirariam parte do seu sangue que seria centrifugado e reinserido no seu organismo.
Sabendo que a técnica escolhida pelo clube ainda estava em fase de estudos e não tinha sua eficácia completamente comprovada, o reclamante pediu para consultar outros médicos, o que causou grande desconforto no clube.
Explicou ele que tirava do seu corpo o seu sustento e que, frente há alguns resultados inconclusivos da técnica escolhida queria ser bastante cauteloso e ouvir o maior número de especialistas possível.
Ocorre que o departamento médico do clube descartou esta possibilidade, decidindo que o atleta deveria obedecer as ordens que lhe eram passadas e, conforme a evolução ele seria reavaliado.
Diariamente o atleta era cobrado que “retornasse” logo, pois seu salário era alto para “não jogar”, como se a culpa da lesão fosse do atleta.
Além disso, o jogador alega ter direito a receber valores relacionados a um acidente de trabalho ocorrido durante seu empréstimo ao São Paulo, bem como o ressarcimento das despesas médicas referentes a uma cirurgia no púbis, entre outros pedidos.
A chegada de André Anderson ao São Paulo foi aprovada por Rogério Ceni, então treinador da equipe. Durante sua passagem pelo clube, o jogador disputou 12 jogos, mas não marcou gols. O caso está sendo julgado na 82ª Vara do Trabalho de São Paulo.
Os advogados de André Anderson detalharam os pedidos feitos à Justiça, totalizando R$ 8.368.764,67, incluindo valores referentes a seguro desportivo obrigatório, indenizações, despesas médicas, férias vencidas, multas e honorários advocatícios.
Segundo a ESPN, os advogados de André Anderson especificam todos os pedidos feitos à Justiça, que somam R$ 8.368.764,67.
- Seguro desportivo obrigatório: R$ 2.660.000,00
- Indenização substitutiva à estabilidade acidentária, com as devidas repercussões em 13º salário, férias acrescidas do terço constitucional, FGTS e sua multa de 40%: R$ 3.135.466,67
- Indenização a título de dano moral: R$ 400.000,00
- Pagamento do reembolso das despesas médicas/hospitalares: R$ 64.000,00
- Férias vencidas acrescidas do terço CF, em dobro: R$ 533.320,00
- Diferenças das parcelas rescisórias: R$ 189.600,00
- Multa do artigo 477 da CLT: R$ 200.000,00
- Multa do artigo 467 da CLT: R$ 94.800,00
- Honorários advocatícios: R$ 1.091.578,00