O acordo do São Paulo com a Sportsbet.io renderá ao clube R$ 24 milhões por ano a partir de 2022 até o final de 2024, quando termina o vínculo. Nesta temporada, o clube receberá outros R$ 15 milhões – o contrato teve início em julho.

Esses valores são fixos e garantidos, com pagamentos semestrais de R$ 12 milhões – as parcelas vencem em dezembro do ano anterior e em junho do mesmo ano. O contrato prevê correção pela inflação acumulada desde a assinatura do contrato só a partir da parcela de junho de 2023, mas com o índice limitado a 5% ao ano.
O contrato, a que o ge teve acesso, tem valor anual menor do que o de outros patrocinadores másters anteriores, tanto em cifras nominais como corrigidas pela inflação, o que contraria a informação do presidente Julio Casares de que o acordo com a Sportsbet.io seria o maior da história do clube.
O patrocínio com o banco BMG, em 2010, pagava R$ 25 milhões anuais ao São Paulo, valor que, se corrigido, chega a R$ 46 milhões. A LG, em 2006, pagou R$ 16 milhões por ano, algo próximo a R$ 35 milhões com as devidas correções.
Além do pagamento fixo, o contrato atual também prevê uma receita variável. Ele é equivalente a R$ 10 multiplicado pelo número de novos usuários nas plataformas da empresa de apostas esportivas que tenham origem a partir da relação entre o clube e a companhia – há um mecanismo para essa averiguação.
Esse pagamento, porém, fica condicionado à regulamentação da lei que permite a realização de apostas esportivas no país. O valor será acumulado e liberado ao clube nesta condição.
A diretoria do São Paulo manteve em segredo os valores do acordo ao alegar confidencialidade. O contrato foi enviado ao Conselho Deliberativo para ser aprovado pelos conselheiros, mas as cláusulas financeiras foram apagadas para evitar vazamentos.
– Nossa decisão nessa gestão era limpar a camisa do São Paulo para agregar valor à marca. Foi difícil, mas foi um posicionamento que hoje nos traz uma marca muito grande. Não vamos nunca falar de valor, mas representa um crescimento de 400% no patrocínio máster com relação a 2020. São valores líquidos, com garantia mínima e sem intermediários – disse o presidente do São Paulo, Julio Casares, na apresentação do parceiro.
Até o final da temporada passada, o São Paulo mantinha acordo com o Banco Inter, que ocupava apenas o espaço no peito da camisa – a Sportsbet.io também estampa a marca nas costas dos jogadores, no alto do uniforme. A empresa pagava cerca de R$ 1 milhão por mês no final do contrato.
Na última semana, o São Paulo apresentou outro patrocinador, a Roku, que já expõe sua marca no ombro da camisa. Por esse acordo, o clube receberá cerca de R$ 5 milhões em um ano. Atualmente, há apenas o espaço na manga do uniforme ainda disponível a parceiros.
Fonte: GLOBO ESPORTE