Tido como um dos jogadores mais talentosos do elenco do São Paulo, o meia Martín Benítez repete com Rogério Ceni a mesma dificuldade que tinha de se manter no time com Hernán Crespo, o antecessor do ex-goleiro no banco tricolor.

Com Ceni, Benítez foi titular nas duas primeiras partidas, mas depois deixou o time, sendo utilizado apenas no segundo tempo – contra o Flamengo, nem deixou a reserva.
Há uma dificuldade em encaixar um jogador pouco combativo no sistema utilizado, como apontou o treinador:
– Plano: 4-4-2, duas linhas de quatro com dois homens de frente. Não posso botar ele de volante, tenho dois caras de intensidade por dentro. Na frente, Rigoni e Calleri, ou Rigoni e Luciano. Não posso ter o Benítez do lado, eu vou matar ele de correr, não vai produzir. Dentro de um sistema, tenho que aproveitar o que tenho de melhor.
– Ele entrou no 4-2-3-1, jogando pelo centro, como ele jogava no Independiente, onde ele teve maior sucesso. Mas eu preciso de jogadores que façam esse corredor. O Sara ajuda muito o corredor. O Vitor Bueno é um jogador mais técnico, não é de voltar tanto. O Marquinhos é um jogador que obedece mais a parte tática – disse o treinador.
– O jogo não é feito só de talento. Senão, ele teve 45 minutos hoje (contra o Athletico), teria resolvido o jogo. O Benítez entrou bem no jogo, criou oportunidades. Mas nem sempre o sistema favorece um jogador que é muito qualificado tecnicamente, mas ele não tem a condição de fazer do lado.
O empate em casa manteve o São Paulo próximo da zona de rebaixamento. O time tem 42 pontos, na 14ª posição, cinco a mais do que o Bahia, o 17º, que tem um jogo a menos.
GLOBO ESPORTE