Thiago Carpini foi oficialmente apresentado como o novo técnico do São Paulo nesta segunda-feira (15), expressando gratidão pela oportunidade e compartilhando suas inspirações, incluindo uma conversa com seu antecessor, Dorival Júnior.
Durante a coletiva, Carpini foi questionado sobre James Rodríguez, ressaltando a função específica que o colombiano terá no time. O treinador destacou a versatilidade de outros jogadores, como Lucas, Luciano, Rato e Ferreira, enquanto planeja posicionar James como um “10” centralizado.
O técnico, que foi vice-campeão da Série B com o Juventude, comparou a situação de James com a de Nenê em seu trabalho anterior, enfatizando a necessidade de ajustes na equipe para potencializar o desempenho do jogador.
COMPARAÇÃO DE JAMES COM NENÊ
– James tem uma função mais específica, os outros temos mais alternativas, um leque de funções. O Lucas faz mais de uma função. O Luciano faz mais de uma função, o Rato… O Ferreira mais no pé contrário. E o James talvez seja mais o meia, meia. O 10 centralizado, que tenhamos de adaptar para fluir o que ele tem de melhor – destacou, durante entrevista na apresentação.
– Tive uma situação parecida no meu último trabalho (com o Nenê). Que a gente possa ter um entendimento em cima do adversário, em cima de cada competição, principalmente em cima de um objetivo maior. Que possamos ter discernimento e sabedoria para que a gente possa ter as melhores escolhas em cima de cada jogador e jogo.
Carpini considera James um jogador com características únicas e, apesar de não garantir sua titularidade, expressou interesse em explorar o melhor do atleta, preferindo abordar o tema ‘escalação’ de forma mais coletiva.
– Impossível te responder isso (se o James é titular). Tivemos um dia de treino, vamos definir o plantel para os jogos. Não tem como dizer se esse é titular ou não. Vai jogar um jogo, vamos intercalando. Se eu fosse definir 11, impossível fazer isso num treino. E não é isso que acredito. Não é dessa maneira que eu trabalho. Dentro do todo, do coletivo, vamos ter sempre essa característica – falou.
COMPORTAMENTO DO TIME EM CAMPO
– Eu gosto de um jogo mais impositivo, um jogo mais apoiado, de posse. Eu não gosto muito desse jogo de bola longa, um tiro de meta. Não que não possa bater, mas acho que quando se faz isso você coloca a bola em disputa. E aí é 50/50. Se tivermos organização, o conceito é trabalhar de maneira mais organizada a nossa saída. Minimizando riscos, tendo bola de seguranças, podendo chegar com mais velocidade, superioridade numérica no setor da parte ofensiva do jogo, ser mais vertical, fazer a bola chegar mais na área. Eu cobro muito também a competitividade. Todas as equipes que dirigi acho que consegui esse equilíbrio.