O presidente do São Paulo, Julio Casares, expressou descontentamento com a arbitragem após a derrota para o Fluminense por 2 a 0, no último domingo (1º). O gol de Kauã Elias, o primeiro do jogo, foi o ponto central da reclamação. Segundo Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN, o árbitro Paulo César Zanovelli deveria ter marcado toque de mão de Thiago Silva na origem da jogada, o que invalidaria a sequência do lance que resultou no gol.
Durante o lance, Thiago Silva parou a bola com a mão, acreditando que o árbitro havia marcado uma falta. No entanto, Zanovelli deu apenas vantagem, permitindo a continuidade da jogada. O São Paulo questionou essa decisão, e mesmo com a revisão do VAR, o gol foi mantido. Renata Ruel explicou que, pela regra, qualquer marcação só é válida com a confirmação do apito do árbitro, o que não ocorreu no momento.
Em entrevista ao repórter Eduardo Affonso, da ESPN, Julio Casares criticou a demora da CBF em liberar o áudio do VAR sobre o lance. O presidente do São Paulo afirmou que já formalizou um pedido à entidade e estranhou a demora para a liberação.
“Arbitragem é algo muito difícil. Nós tivemos no Rio. No momento, só nos cabe representar, formatar um processo sobre essa situação. Reitero aqui: até agora o áudio do VAR não foi colocado. Na nossa representação, pedimos isso. Estou estranhando essa demora. Que a CBF disponibilize esse áudio”.
“Sobre erro de direito é questão de uma análise. Ouvi inúmeras pessoas, inclusive nosso jurídico. É uma tomada importante que pode acontecer, mas não coloco como a prioridade neste momento, porque ela pode nos trazer outros prejuízos ao futebol como um todo. Toda semana vai ter análise de erro de direito aqui e acola”, finalizou.
A possibilidade de o São Paulo entrar na Justiça por “erro de direito” foi levantada, mas Casares ponderou que essa não é uma decisão imediata. Segundo o presidente, o clube está avaliando a situação com seu departamento jurídico, mas considera que recorrer judicialmente pode trazer mais complicações ao futebol brasileiro. “Estamos analisando, mas isso pode abrir precedentes complicados para o esporte”, comentou.
Casares ressaltou que o clube está focado em garantir que os processos sejam transparentes, mas também mencionou que a prioridade agora é seguir com as competições em andamento. Ele lembrou que as decisões sobre arbitragem devem ser bem analisadas para evitar prejuízos maiores no futuro. “Erro de direito é uma questão delicada, e toda semana pode surgir um novo caso”, acrescentou.
O próximo desafio do São Paulo será no dia 12 de setembro, contra o Atlético-MG, pela volta das quartas de final da Copa do Brasil. O time comandado por Luis Zubeldía perdeu o jogo de ida no Morumbis por 1 a 0 e precisa reverter o placar no Mineirão. Uma vitória por dois ou mais gols garante a classificação direta, enquanto um triunfo por um gol de diferença leva a disputa para os pênaltis.
Com a temporada chegando a momentos decisivos, o São Paulo busca se recuperar da série de resultados negativos. A equipe ainda tem boas chances de avançar na Copa do Brasil e na Libertadores, competições consideradas prioritárias para o clube, enquanto tenta administrar os desafios impostos pela arbitragem e pelo calendário intenso.