O técnico Hernán Crespo, do São Paulo, mostrou-se convicto das próprias escolhas no empate por 0 a 0 contra o América-MG, no Morumbi, pelo Brasileirão. O argentino justificou a opção por Igor Gomes no time titular, tirando Liziero, e a entrada de Jonathan Calleri somente na reta final de confronto.
Durante entrevista, ao ser questionado sobre ter demorado para mudar, o argentino ratificou a própria opção durante a partida e, inclusive, ironizou quando questionado sobre as ausências de Martín Benítez e Eder como opções.
– Não concordo que demorei para mexer. Vocês não podem ver os treinos, não sabem da condição física do Calleri. (…) Ele não está em condições de jogar como titular, precisa de tempo, vamos ver o tempo que ele precisa para voltar o que ele sabe fazer. Mas a palavra demorar, não concordo. Coloquei o Marquinhos, que voltou depois de cinquenta dias – declarou Crespo.
O treinador argentino, porém, assegurou que não apenas as questões físicas pesam mais na escalação do São Paulo. Eder e Benítez, por exemplo, estão liberados clinicamente, mas ficaram fora por opção técnica de Crespo, que fez quatro das cinco substituições possíveis.
– A escalação não faz só por questões físicas, tem bola parada, situações ofensivas e defensiva. O Pablo podia dar soluções ofensivas e defensivas. O Benítez ou o Eder não ajudam com este impacto – comentou.
– Acreditava que poderia ser suficiente para ganharmos o jogo ter Rigoni, Pablo, Sara e Nestor, mas infelizmente não aconteceu. E como acontece em toda coletiva, não ganhamos porque o melhor jogador estava fora de jogo – ironizou o treinador.
Confira mais momentos da entrevista coletiva:
Igor Gomes no time titular
–A escolha de Igor Gomes é porque eles têm muita agressividade na lateral. Para bloquear e eu acreditava que a nível ofensivo com Pablo, Rigoni, Sara e Nestor dava para chegar frequentemente ao ataque. Teríamos a marcação de Zarate com Luan bloqueando a fase defensiva e depois chegar com muita gente no ataque.
Ausência de Luciano
– Soubemos da situação do Luciano dentro do vestiário. O Pablo é quem está em forma, está bem, então as coisas foram fáceis. Depois, o que faltou? Faltou precisão nos últimos metros. O segundo tempo virou físico, perdemos a precisão. Depois, com as mudanças, esperávamos um pouco mais, mas já expliquei o que aconteceu. É trabalhar, ter paciência e esperar que esses jogadores possam voltar ao nível que todos conhecem. Nós entendemos a situação, então vamos continuar trabalhando nesta direção.
Por que não tem jogado bem?
– Talvez porque não temos um elenco para disputar três competições. Sabemos isso. Agora estamos só jogando uma, então acreditamos que vamos melhorar.
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