O empresário Diego Fernandes já se movimenta nos bastidores do São Paulo com a possibilidade de assumir a gestão do clube. Para medir o sentimento da torcida, sua equipe tem comparecido a jogos no Morumbis, entrevistando torcedores e avaliando a opinião sobre uma eventual entrada no Tricolor.
Fernandes se destacou nacionalmente ao intermediar a contratação de Carlo Ancelotti para a Seleção Brasileira, atuando como braço de confiança da CBF nas negociações. Segundo a CNN Brasil, ele já conta com o apoio de outros investidores e de um banco brasileiro para viabilizar a operação.
O principal desafio, no entanto, é a política interna do clube. O modelo associativo do São Paulo, apontado como um dos fatores da crise financeira, dificulta qualquer negociação envolvendo uma SAF, já que parte do conselho é resistente à mudança.
Enquanto isso, o presidente Julio Casares tenta alternativas para reforçar o caixa do clube. Depois do FIDC, o Tricolor agora negocia a criação de um FIP voltado às categorias de base de Cotia, em parceria com a Galápagos Capital e a OutField, que poderia gerar R$ 250 milhões.
DESTINAÇÃO DOS RECURSOS:
- R$ 50 milhões para quitação de dívidas
- Restante aplicado em infraestrutura, funcionários e captação de atletas
No modelo proposto, o São Paulo manteria 70% das categorias de base, enquanto os investidores ficariam com 30%, tendo direito à mesma proporção da renda líquida em futuras vendas de atletas formados em Cotia.
Para o grupo de Diego Fernandes, essa divisão poderia representar um desafio adicional, já que parte do controle da base já está comprometida, limitando o domínio total sobre a gestão do clube.