Se o São Paulo avançou na Libertadores no jogo de ontem, muito se deve a Lucca — um garoto que recém completou 18 anos e, com personalidade, saiu do banco para decidir. Em uma noite de pressão no Morumbi, foi dele o gol que garantiu a classificação antecipada do Tricolor no torneio continental.
Com oportunismo e frieza, o atacante não apenas marcou: escreveu seu nome na história como o mais jovem a balançar as redes com a camisa são-paulina na Libertadores. Um feito que transformou promissora expectativa em realidade concreta diante da torcida.
Mas enquanto a comemoração dominava o estádio, um sinal de alerta também acendeu nos bastidores. O contrato de Lucca vai apenas até o meio de 2026, e com a vitrine internacional, o interesse de clubes do exterior tende a crescer. A diretoria já trata a renovação como prioridade.
MAIS QUE GOL: LUCCA É NOME FORTE EM COTIA E TEM DNA DE DRIBLADOR
O gol pode ter sido sua primeira grande aparição no profissional, mas Lucca já vinha chamando atenção bem antes disso. Formado no CFA de Cotia, o atacante é reconhecido internamente como um dos talentos mais ousados da base, destacando-se desde as categorias menores pela habilidade no um contra um.
Seu estilo sempre foi marcado pela coragem para encarar marcadores. Desde o sub-11, a desenvoltura e a técnica apurada o colocaram um passo à frente dos colegas — qualidade que o acompanhou nas conquistas recentes, como a Copa do Brasil Sub-20 em 2024 e a Copinha de 2025. As convocações para a seleção brasileira sub-17 só reforçaram o status de joia.
Embora fosse tratado como uma aposta para o médio prazo, a atuação decisiva na Libertadores pode ter adiantado os planos. O técnico Luis Zubeldía já vinha ensaiando lançá-lo nas últimas rodadas. Em pelo menos dois jogos anteriores, Lucca chegou a aquecer e quase entrou — mas foi contra o Libertad que a oportunidade veio de fato. E a resposta foi imediata.
