Após uma longa novela, o São Paulo conseguiu renovar o contrato com Robert Arboleda até 2027, mas, para isso, teve de se comprometer a assumir as dívidas que o zagueiro equatoriano possui com antigos agentes, que, por sua vez, cobram o descumprimento de uma cláusula de exclusividade que possuíam com o atleta.
O São Paulo intermediou uma carta fiança no valor total de R$ 7,9 milhões junto ao Banco Daycoval para que Arboleda possa quitar as pendências que possui com seus antigos agentes. Em contrapartida, o banco receberá uma aplicação de R$ 5,5 milhões do São Paulo. Caso o Tricolor não faça o pagamento, o presidente do clube, Julio Casares, se compromete a arcar com os custos, figurando como “devedor solidário”. As informações foram publicadas pelo ge e confirmadas pela Gazeta Esportiva.
O São Paulo enxerga o fato de se comprometer a arcar com a dívida de Arboleda como um pagamento de luvas ao atleta pela renovação de seu contrato. A diferença é que o clube não depositará determinado valor na conta do jogador, mas, sim, irá descontá-lo conforme ele for utilizando a verba disponibilizada pelo banco.
A Euro Futs, empresa que agenciava Arboleda, cobra do atleta uma multa de R$ 3 milhões pelo descumprimento da cláusula de exclusividade que as partes possuíam no contrato. Em 2020, o zagueiro equatoriano, inclusive, fez confissão dessa dívida. Atualmente, o valor corrigido do débito é superior a R$ 6 milhões.
O imbróglio envolvendo seus representantes, antigos e atuais, fez com que Arboleda demorasse para fechar um novo acordo com o São Paulo após o título inédito da Copa do Brasil, no ano passado. Além dessa carta fiança, o zagueiro equatoriano também teve aumento salarial, em carteira, e também no que se refere a direitos de imagem.
Nesta quinta-feira, Arboleda deverá ser titular do São Paulo na partida contra o Barcelona de Guayaquil, no Equador, pela Libertadores. Mais uma oportunidade de o zagueiro mostrar que toda essa engenharia financeira armada pelo Tricolor valeu a pena.
Gazeta Esportiva