O Corinthians elegeu no último fim de semana Duílio Monteiro Alves como seu novo presidente, enquanto o São Paulo teve eleições para o conselho do clube, sendo que em ambos os casos o quorum de votantes não foi além dos 3 mil, mesmo que os clubes tenham milhões de torcedores pelo país e programas de sócio-torcedor, fazendo com que a escolha ficasse restrita.

No podcast Posse de Bola #78, Arnaldo Ribeiro afirma que o método de eleição nos dois clubes, como em outros espalhados pelo país, é arcaico pelo fato de não dar a chance de os sócio-torcedores votarem para a definição do presidente, considerando que o futebol é a principal atividade das agremiações.
“O futebol move esses clubes, então, com todo o respeito aos sócios dos clubes, da bocha, da sauna, eles não têm mais representatividade do que, por exemplo, o sócio-torcedor que paga a mensalidade para ir ao estádio e às vezes nem vem, por exemplo, o Flamengo tem os caras que nem são do Rio de Janeiro e que pagam, o cara tem que ter direito também de eleger, se não, fica uma situação bizarra, uma das coisas mais antigas e que continua imperando nos clubes”, completa.
Nas eleições para o quadro de conselheiros vitalícios do São Paulo, Arnaldo cita que apoiadores de Julio Casares foram maioria, o que deve dar vantagem ao candidato que concorre com Roberto Natel para comandar o clube a partir do próximo ano, mas ainda não vê a definição a respeito da continuidade ou não da diretoria de futebol, considerando que a temporada atual terminará apenas em fevereiro.
UOL