Fernando Diniz é o segundo técnico mais longevo da elite do futebol brasileiro, atrás apenas de Renato Gaúcho, que está no Grêmio há mais de quatro anos. Desde 26 de setembro de 2019 no cargo, o treinador tem um trabalho marcado por oscilações no São Paulo e contou com a insistência do executivo de futebol, Raí, para conseguir colher os primeiros frutos, ainda incipientes, em sua passagem pelo Morumbi.
Neste período em que está no CT da Barra Funda, o comandante conviveu com as críticas e foi bastante questionado pelos resultados. Os piores momentos foram as eliminações vexatórias no Paulista para o Mirassol e na fase de grupos da Libertadores, em uma chave com Deportivo Binacional, LDU e River Plate.
Em ambos os tropeços, considerados inadmissíveis, o tom das críticas subiu. Torcedores fizeram coro por sua saída do Morumbi após as duas quedas, mas não foram atendidos. Nos momentos de maior pressão, Raí se manteve firme e decidiu pela permanência do técnico à frente do elenco, ainda que houvesse opções, como Rogério Ceni, Paulo Autuori, Diego Aguirre e Vagner Mancini, sendo avaliadas internamente. A decisão deve ser a mesma até dezembro deste ano, quando se encerra o mandato do presidente Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco.
A opção da cúpula de dar continuidade ao trabalho até o fim da gestão permite que Fernando Diniz colha os primeiros frutos como treinador do clube. Hoje, o São Paulo vive bom momento no Brasileirão — é o quarto colocado, mas detém o melhor aproveitamento do torneio (64,7%) — e ainda tem chances reais de faturar o título da Copa do Brasil, uma vez que venceu o Flamengo em pleno Maracanã pelo jogo de ida das quartas de final.
UOL