Formiga foi apresentada no início da tarde desta terça-feira como novo reforço do São Paulo. A experiente jogadora vestirá a camisa 8, como de costume, e retorna ao clube onde deu seus primeiros passos na carreira, em 1997. O contrato da volante com o Tricolor é válido até o fim de 2022.
O grande motivo para Formiga decidir deixar a França, onde defendia o Paris Saint-Germain, para retornar ao Brasil foi justamente a oportunidade de poder iniciar uma nova etapa em sua trajetória no futebol feminino.
“Um dos motivos de voltar ao São Paulo é o pós-carreira. O projeto é bem audacioso e eu acredito que eu possa continuar aqui, trabalhar na gestão ou até mesmo como auxiliar técnica. Tenho o desejo de ser treinadora. Vejo o futebol feminino brasileiro evoluindo, a gente não vê tantos placares elásticos, os times estão se fortalecendo. Espero que nos próximos anos melhore em termos de qualidade, de apoio, que é o que o futebol feminino precisa”, disse Formiga.
“Em 1997 treinávamos em Idaiatuba, depois passamos a vir para São Paulo. Sempre tivemos o apoio do São Paulo, era uma diferença incrível para outras equipes. Nessa época, o São Paulo era a base da Seleção Brasileira. Acredito que todos os títulos que o São Paulo ganhou nessa época foi justamente por termos tido apoio, suporte. Acredito que agora não será diferente, o São Paulo está no caminho, e espero de verdade poder trazer alegria para esse clube novamente, ganhar títulos, e que a cada dia esse clube venha a crescer mais e mais”, completou.
A estreia de Formiga com a camisa do São Paulo, no entanto, levará um tempo. Convocada pela técnica Pia Sundhage para sua sétima Olimpíada, a jogadora só se apresentará ao técnico Lucas Piccinato após os Jogos de Tóquio. Enquanto isso, ela seguirá acompanhado à distância o desenvolvimento de sua equipe no Campeonato Brasileiro.
Vale lembrar que o Tricolor é o atual quinto colocado do Brasileirão feminino, com 26 pontos, atrás de Corinthians, Palmeiras, Santos e Internacional.
“Estamos bem na tabela, acredito que possamos encostar no líder, tudo é possível, mas estou louca para treinar, ter contato com minhas companheiras, um contato mais próximo com o treinador, para poder entender a filosofia de trabalho. Isso vai acontecer quando eu voltar das Olimpíadas”, concluiu.
GAZETA ESPORTIVA