Ele recebeu críticas no início da temporada, mas hoje Gabriel Sara se tornou um dos destaques do São Paulo —e do Brasileirão. Agora, para os torcedores que não estavam habituados ao seu futebol, é bom saber que desde a base a cria de Cotia já chamava a atenção no mercado nacional. Não à toa a diretoria do Fluminense chegou a oferecer ao meio-campista uma casa para que ele se mudasse para o Rio de Janeiro.
O projeto dos cariocas era simples. O clube queria que o garoto de Joinville (SC) e seus familiares —os pais e três irmãos— se mudassem para Xerém, onde treinam suas categorias de base.
À época, o então adolescente não tomava as decisões envolvendo o futuro de sua carreira. O pai do atleta, Jorge Luiz, recusou a mudança para o Rio de Janeiro, com tudo pago pelo clube. No fim, apenas o jovem se mudou para Cotia. Os parentes permaneceram em Santa Catarina na ocasião. Hoje (22), Sara pode mostrar novamente aos cartolas do Flu o que eles perderam, em confronto com o Vasco, pelo Campeonato Brasileiro.
“Teve o Fluminense, do Rio de Janeiro. Ele fez uma avaliação aqui, aí veio um cara de lá para conversar com o Gabriel. Os diretores do Fluminense ligaram, entraram em contato comigo à época para ele ir para lá. Mas eu já estava com a proposta do São Paulo, focado no São Paulo. A gente não quis escutar ninguém”, disse Jorge Luiz, pai de Gabriel Sara, ao UOL Esporte.
“O Fluminense foi um clube que fez uma força enorme, chegou a oferecer casa e tudo para a gente morar lá em Xerém. Só tenho a agradecer ao interesse deles na época. Eles se mostraram muito interessados. No São Paulo, a gente não tinha promessa, só a nossa fé de que daria certo. No Fluminense, a gente tinha promessa de que as coisas iriam acontecer, que ele teria casa lá para morar, o Fluminense iria nos ajudar com algumas coisas. Eu só tenho que agradecer ao interesse do Fluminense à época”, acrescentou.
O Coritiba e o Internacional foram outros clube que procuraram o jovem antes da mudança para Cotia. No entanto, a decisão pelo São Paulo estava tomada pela família do atleta.
“O Dorinho, que era um cara que trabalhava no Internacional, queria levá-lo para o Inter. Ele também foi fazer uma avaliação lá no Coritiba, que tinha um setor que fica captando os garotos de fora para fazer testes. Se eles gostarem do garoto, já levam direto para o clube. O Gabriel foi lá e encantou tanto que o pessoal já fez uma proposta. Mas ele não teria alojamento à época. Então, eu fiz a opção pelo São Paulo, porque ele seria monitorado e iria alojar com 14 anos. Ele foi até antes, pediram uma autorização para a gente. Ele precisava de uns trabalhos de fortalecimento”, concluiu o pai do atleta.
UOL