A vitória de Júlio Casares à presidência do São Paulo trouxe de volta ao Morumbi um ídolo do torcedor tricolor. Muricy Ramalho deve assumir o cargo de coordenador de futebol do clube a partir da próxima gestão.
Ainda sim, em participação ao programa “Bem, Amigos”, do Sportv, o ex-treinador comentou a atual situação do clube e defendeu não apenas a manutenção da atual diretoria até o final da temporada, como também a permanência do técnico Fernando Diniz para 2021.
“O São Paulo demorou para achar o caminho e isso acontece mesmo. E o grande acerto do pessoal que está lá foi acreditar em uma ideia de jogo. Coisa que não acontecia. No momento ruim do time, nas eliminações, a pressão foi muito grande em cima do treinador. E aí foi o grande mérito de manter e acreditar no trabalho. E esse é o papel que vou exercer também”, disse Muricy.
O técnico Fernando Diniz deve se tornar o primeiro desde a saída do próprio Muricy a permanecer no cargo de treinador durante toda uma temporada e o futuro coordenador comentou a atual situação da equipe.
“O São Paulo está em um grande momento. Depois de muitos anos o time tem uma ideia de jogo. O Diniz lançou jogadores, recuperou jogadores, fez ajustes. Não é o momento (de mudar), na minha opinião. O pessoal tem que ficar até o final da competição e depois o presidente vai fazer o que ele acha. O Casares é um cara sensato, tranquilo. Vai fazer essa transição bem tranquila, não vai afetar ninguém. O time vai continuar jogando tranquilamente, com o apoio da diretoria atual. Vou trabalhar pouco a pouco, porque não tenho nada de estar me metendo em uma coisa que está indo bem”, destacou.
Perguntado sobre o início do trabalho, Muricy mostrou preocupação em atrapalhar a atual temporada. Além disso, por fatores externos como a pandemia, o ex-treinador deve trabalhar mais afastado do CT.
“Ainda não está definido (quando começa), até porque tem a pandemia. O que vou poder fazer são essas reuniões com o Casares e algum diretor. Não mexer, nesse momento, no CT. Porque o negócio está indo muito bem e pode atrapalhar”.
“Eu converso com o Diniz de vez em quando. A primeira coisa que tenho que fazer é conversar com ele. Porque ele é o chefe. Tenho que dar todo apoio para ele. O primeiro cara que quero conversar é o Diniz, explicar para ele o que eu penso, a minha função. Estive esse ano com ele lá, passei um tempão conversando, almocei com ele. Claro que o mais importante agora é a Copa do Brasil e o Brasileiro, mas temos que pensar na frente também”, disse Muricy demonstrando uma preocupação com planejamento a longo prazo.
Sua ideia é manter o Diniz?
“Claro que é. Eu tive a felicidade de enfrentar o Audax e, depois do jogo, encontrei com ele no estacionamento e falei que um dia eu ia trabalhar com ele, trazer ele para o São Paulo. Eu sempre achei ele diferente. Era muito difícil jogar contra o time dele, então eu sempre admirei. Eu gostava de ver o Audax jogar, porque era totalmente diferente de tudo o que a gente vê. Como é o São Paulo hoje. Eu admiro muito ele porque ele é diferente de tudo. Para mim vai ser um prazer estar com ele e ver de perto os treinamentos, que eu gosto muito. Essa é a ideia de jogo que todos nós queremos.”
Para Muricy, Diniz é responsável por recuperar a alegria do torcedor em ser são paulino!
“Fazia anos que eu não via o torcedor do São Paulo com a camisa. O torcedor está feliz porque o São Paulo voltou a ganhar e voltou a ser respeitado. O São Paulo joga bem e ganha. Com os ajustes do Diniz o time ficou mais competitivo ainda. E você vê a alegria do torcedor na rua”, completou o futuro coordenador de futebol.
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