O treinador Dorival Júnior já planeja a próxima temporada e a provável reformulação do elenco do São Paulo, e isso significa que Rodrigo Nestor não mais desfruta de seu status de titular absoluto. No entanto, sua importância no título inédito da Copa do Brasil nesta temporada permanece inabalada.
O meia, agora valorizado, aguardará as propostas que possam surgir com a reabertura da janela de transferências europeia, em janeiro. A diretoria, por sua vez, não deixa margem para dúvidas: proposta pequena não interessa ao clube, pois, diferentemente do passado recente, agora há dinheiro em caixa para pagar as despesas.
“Fizemos um trabalho de reestruturação nos últimos dois anos. E o que mudou agora é que a venda de atletas ocorrerão se tiver propostas que nos agradem. Posso dizer que essas boas propostas não ocorreram ainda. No passado, vendemos o Sara por 9 milhões de libras. Ele valeria bem mais, mas precisávamos do recurso. Dessa forma, fizemos a venda. Mas agora não. Com as arrecadações nos jogos e o dinheiro da Copa do Brasil, mais de R$ 80 milhões, há tranquilidade para só vendermos jogadores por valores que achamos corretos”.
De acordo com informações apuradas pelo jornalista Eduardo Deconto, do site “Trivela,” clubes do exterior já demonstraram interesse no jogador, com destaque para Zenit, da Rússia, Real Betis, da Espanha, e Torino, da Itália.
O clube russo aparenta ser o mais interessado em adquirir o meia, mas até o momento, nenhuma oferta formal foi apresentada à diretoria do São Paulo.
Segundo o portal Trivela, o São Paulo definiu o valor desejado para negociar o meio-campista Nestor, estipulando cerca de 12 milhões de euros (equivalente a aproximadamente R$ 64 milhões na cotação atual).
Dorival foi direto sobre possibilidades de perder jogadores:
“Esses jogadores não ganharam uma valorização, e com isso ganhamos preço em negociações futuras? Ele vai vender com preço que lhe satisfaz. O São Paulo tem elenco valorizado muito em razão das conquistas que teve. Se for uma venda com valores que extrapolaram e que seria impossível o clube manter, ótimo. Aí, sim”.
“Do contrário, eu sou muito sincero. Temos que segurar o máximo possível nossos atletas. Para se estabilizar, precisamos ter um grande time, um grande elenco. Se estabilizar, o retorno virá por outros caminhos.”