Durante os três últimos anos da administração de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, um trio se responsabilizou pelo futebol: os ídolos Raí e Lugano e o gerente da pasta Alexandre Pássaro. Com a troca na presidência, o grupo deixou o CT da Barra Funda. Dois outros nomes foram procurados para assumir o esporte profissional: Muricy Ramalho e Rui Costa. A dupla, contudo, tem salários bem inferiores aos antigos donos do cargo. Mesmo com a chegada de Marcos Biasotto para as divisões de base, os números seguem inferiores.
O São Paulo não se manifesta publicamente sobre o caso, mas o UOL Esporte apurou que a economia é de cerca de 37% em relação ao que era gasto com os antigos colaboradores. O processo de redução de gastos faz parte do projeto apresentado por Casares após a sua eleição como mandatário.
Ele pretende reduzir os custos de todos os setores do clube, inclusive do futebol, que é tratado como prioridade em sua gestão. O departamento de futebol durante a administração de Leco contava com Raí como executivo, Lugano como superintendente, Pássaro como gerente e Chapecó como diretor-adjunto. O último, por ser membro do Conselho Deliberativo, não tinha direito a remuneração, conforme o atual Estatuto Social do Tricolor paulista.
Na atual gestão, a área conta com Carlos Belmonte Sobrinho na direção. Também conselheiro, ele trabalha sem receber salários no Morumbi. Ao lado do diretor estatutário, ainda estão Rui Costa como executivo e Muricy Ramalho como coordenador técnico. Chapecó permanece como adjunto na pasta. Marcos Biasotto se responsabiliza pelas divisões de base do São Paulo.
O principal motivo para a redução de gastos no departamento de futebol é a elevada dívida herdada pela atual gestão são-paulina. O departamento financeiro estima que o clube deve cerca de R$ 580 milhões desde dezembro de 2020.
UOL