Tiago Volpi é líder, um dos principais jogadores do São Paulo e também grande incentivador do trabalho de Fernando Diniz. O goleiro não esconde a admiração pelo treinador, seja a cada comemoração de gols do Tricolor, quando sai da meta para abraçar o chefe, ou em entrevista exclusiva à ESPN Brasil.
Dias antes da partida contra o Fortaleza, neste domingo (25), que vale vaga nas quartas de final da Copa do Brasil, o camisa 1 são-paulino comentou a temporada 2020 do São Paulo, falou de problemas, defendeu Fernando Diniz das críticas e revelou por que acredita tanto no trabalho do treinador.
“Hoje, passado quase um ano daquela entrevista [pouco após a chegada de Fernando Diniz ao clube], eu te afirmo que é o melhor que eu trabalhei. Ainda me considero novo, tenho um bom tempo de carreira pela frente, mas posso te garantir que é o melhor que eu já trabalhei, respeitando todos os outros treinadores que já tive”, disse.
O goleiro trabalha com o treinador desde setembro de 2019, quando Diniz foi contratado, com aval dos principais jogadores, para substituir Cuca. O treinador foi o primeiro desde 2015 a completar um ano consecutivo no Morumbi, mas convive com críticas por conta de resultados decepcionantes.
Para Volpi, a eliminação no Campeonato Paulista, para o Mirassol, e a queda ainda na fase de grupos da Conmebol Libertadores, após derrota para o frágil Binacional, são os motivos que fizeram o time ficar “marcado” pela torcida. Mas o goleiro enxerga pontos positivos no trabalho.
“Hoje o São Paulo tem uma ideia de jogo, uma identidade, gostem as pessoas ou não. Acho que, principalmente na era Fernando Diniz, a gente está sendo muito marcado pelo que aconteceu no Campeonato Paulista, na eliminação para o Mirassol, e agora recentemente a situação da Libertadores”, afirmou o camisa 1.
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“Por causa dessas duas coisas, talvez as pessoas não acreditem mais no trabalho ou tenham tanta convicção naquilo que antes da pandemia todo mundo dizia que o São Paulo apresenta um dos melhores níveis de futebol do país”, analisou o arqueiro, que tirou a responsabilidade de Diniz pelas atuações irregulares.
“É a questão da ideia de jogo, posicionamento e convicção do que se tem que fazer dentro de campo. E muitas vezes, quando as coisas não dão certo ou a gente tem resultados negativos, é muito injusto culpar o técnico. A gente, como jogador, é responsável pelo que está fazendo dentro de campo. Muitas vezes tem uma informação e trabalha certas informações, mas no jogo não consegue executar o que o treinador mandou”.
Fora do Paulistão e da Libertadores, o São Paulo tem a chance de amenizar as críticas no domingo, caso classifique para a próxima fase da Copa do Brasil. A partida no Morumbi colocará o Tricolor novamente contra Rogério Ceni, técnico que acaba de levar o Fortaleza ao quarto título em três temporadas. Enquanto isso, o time paulista vive jejum de oito anos sem conquistas. Para Volpi, não é justo comparar as situações.
“A gente não pode se basear no que o Fortaleza conquista, e sim na história vencedora que o São Paulo tem. E voltar a ganhar, porque faz muito tempo que o São Paulo não ganha. E um clube desse tamanho, com a torcida que tem, necessita de títulos”.
FONTE: ESPN BRASIL